O Ministério Público de Minas Gerais recomendou aos prefeitos, Nivaldo de Andrade (PSL) e Zé Antônio do Pacu (PSDB), na tarde dessa terça (29) a imediata adoção das medidas estabelecidas pelo programa Minas Consciente e que delimitassem o funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes exclusivamente na modalidade de delivery e retirada no balcão. Zé Antônio enviou sua resposta ao MP pedindo a continuidade do decreto que permite o funcionamento dos estabelecimentos até o dia 31. Já Nivaldo, acatou a recomendação e revogou o decreto.
Na tarde dessa terça-feira (29), o Mais Vertentes noticiou que as prefeituras de São João del-Rei e Tiradentes foram notificadas pelo Ministério Público de Minas Gerais sobre a abertura de bares e restaurantes dentro da Onda Vermelha do programa Minas Consciente.
Em entrevista ao Mais Vertentes, o prefeito de Tiradentes, Zé Antônio do Pacu, disse que encaminhou sua resposta ao MP pedindo a permanência do funcionamento dos estabelecimentos, conforme o decreto publicado nessa segunda (28), até o dia 31.
“Eu tive um problema muito sério, pois os restaurantes estão todos preparados para o réveillon. Na realidade, eles se endividaram ao se prepararem para receber as pessoas. Eu dei uma resposta ao Ministério Público fazendo as considerações e que, a partir do dia 1º, esses segmentos voltarão para a Onda Vermelha, como mandam os protocolos, o serviço de delivery. Ou seja, então permanece o serviço no local, claro que com distanciamento, seguindo os protocolos de segurança. Protocolei e encaminhei para o Ministério Público, vamos aguardar”, afirma o prefeito.
Zé Antônio fez críticas ao Minas Consciente por não terem considerado Tiradentes como uma cidade que sobrevive do turismo ao estabelecer os protocolos de funcionamento dos setores da economia dentro da Onda Vermelha.
“O Minas Consciente pegou vários comércios, que não tinham nada haver com o essencial, e colocou na Onda Vermelha em razão dos festejos natalinos e de final de ano. Quando colocaram os protocolos, eles esqueceram de Tiradentes e Monte Verde, que são dois lugares que vivem exclusivamente do turismo, são os únicos em Minas Gerais. Os demais, como Ouro Preto, São João del-Rei, Diamantina, são cidades maiores e que têm vida própria, então não dependem do turismo. Tiradentes, Monte Verde, vivem 99,9% do turismo, então eu acho que se tivessem pensado nesses dois locais, eu tenho certeza que se faria um adendo. Como os locais não possuem comércio atacadista, então restaurantes ficariam como investimento para se dar apoio às pousadas. Como é que vamos deixar as pousadas funcionando sem o apoio dos restaurantes?”, defendeu o prefeito.
O prefeito de Tiradentes também disse que aguarda a resposta do Ministério Público e que fará o que o organismo público recomendar.
Já o prefeito de São João del-Rei, Nivaldo de Andrade, acatou a recomendação e revogou o decreto que emitiu na tarde desta terça (29) após o protesto de empresários do ramo de bares e restaurantes. A prefeitura divulgou a revogação do decreto na tarde desta quarta (30).
Desde a publicação sobre a notificação do Ministério Público, o Mais Vertentes está tentando o contato com a secretária de Governo e Gabinete, Adriana Rodrigues, mas ainda não obteve retorno.
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