O Brasil ainda despeja 80 milhões de toneladas de lixo por ano, de forma inadequada. O pior é que 24 milhões deste lixo seguiram para destinos inadequados, como lixões. Isso equivale a 168 estados do Maracanã lotados de lixo, sendo que outras 6,2 milhões de toneladas sequer foram coletadas. Minas Gerais é o terceiro estado brasileiro com maior número de lixões.
Dados do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), indicam que a tarefa de acabar com os lixões até 2014, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, não foi comprido pela maioria dos municípios. A causa, segundo especialistas, é o descumprimento e os seguidos adiamentos de prazos estabelecidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei 12.305, aprovada em agosto de 2010.
Tiradentes, município de Campo das Vertentes, é a primeira cidade de Minas Gerais a ter o direcionamento correto do lixo produzido. Desde 2018, a cidade opera com o chamado Bioaterro - uma mescla de Biodigestor, que faz a digestão anaeróbica do lixo orgânico através da atividade de bactérias; o Aterro Sanitário que é o local destinado à decomposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana; e a reciclagem promovendo o beneficiamento e venda do lixo a ser reaproveitado.
Para o superintendente do Meio Ambiente de Tiradentes, Richard Marce Amadi Junior, "dar um destino ecologicamente correto para os resíduos é um grande desafio para os municípios bem como para a administração pública. Trata-se de um processo caro e complexo, mas que também traz retorno financeiro - como o beneficiamento e venda do lixo -, além é claro dos benefícios ao meio ambiente e à saúde da população", explica.
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