Uma mulher está presa em Belo Horizonte, desde a última segunda (15), suspeita de torturar o filho de 3 meses para chantagear o pai dele. Em vídeos, divulgados nas redes sociais pelo pai do bebê, o menino aparece sendo supostamente estrangulado pela mãe, Ana Fernandes, de 27 anos, enquanto chama a criança de “desgraça”.
Em outro trecho, o garotinho aparece sozinho, chorando muito na cama, enquanto a mãe, com um cigarro na mão, afasta-se e avisa para não se preocupar. “Por mim, vai ficar chorando. Eu vou ficar só no cigarro e fazendo meus ‘corre’, porque eu gosto de dinheiro. Quero meus R$10, meu carregador. Vou ficar sentadinha esperando”, diz.
A mulher, que tem outros três filhos, está na penitenciária Estevão Pinto após ter a prisão preventiva decretada.
Após tomar conhecimento do vídeo – enviado pelos avós paternos no fim de janeiro –, o pai da suspeita, um delegado de polícia aposentado, achou melhor entregar o neto ao pai. “Ela fazia isso para chantageá-lo e conseguir recurso financeiro”, justifica o avô. Ele conta que a filha faz tratamento psicológico. O pai dela afirmou que está em contato com o advogado da família para pedir o relaxamento da prisão da filha.
Ainda de acordo com o pai da agressora, a mesma não concordou em ficar sem a criança. No dia 25 de janeiro, ela alegou, em um boletim de ocorrência, que o bebê havia sido retirado da casa de sua mãe, sem o consentimento dela ou de sua família. A Justiça restituiu a guarda à mãe no dia 11 de fevereiro, e, por isso, o pai da criança teria ido às redes sociais denunciá-la com os vídeos de maus-tratos ao filho.
PM checou denúncia de violência doméstica
Em setembro do ano passado, a Polícia Militar foi até a residência do então casal, na zona Leste da cidade, por causa de denúncias anônimas de violência doméstica. Segundo o boletim de ocorrência, foi oferecida à mulher a inclusão no Programa de Proteção às Vítimas que sofrem esse tipo de maus-tratos, mas ela recusou.
As outras três crianças são filhos de outra pessoa e moram com uma avó, no interior do Estado. Um vizinho do casal, sob anonimato, disse temer pelo destino das crianças. “Minha mulher já viu uso de drogas no portão. Já vieram umas mulheres aqui para bater nela. Enfim, é muito difícil”, lamenta o morador do bairro São Geraldo, na região Leste da capital mineira.
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