O total de mortes confirmadas por Covid-19 dobrou ou mais, somente entre os meses de fevereiro e março, em pelo menos 76 municípios de Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) revela o duro impacto desta “segunda onda” da pandemia nas cidades de pequeno porte, algumas delas do Campo das Vertentes.
São João del-Rei chegou a dobrar o número de óbitos entre os meses de fevereiro e março. O município registrou, até o fim de fevereiro, 61 óbitos pelo novo coronavírus, 6 apenas no mês de fevereiro. Já em comparação a março, o número disparou para 76 vítimas fatais. Já são 15 óbitos até o dia 30 de março, isto é, um aumento de 124%.
A situação é parecida em Lagoa Dourada, pois o município havia registrado 04 mortes por Covid-19 até fevereiro e viu o número saltar para 08 em março. A secretária de Saúde local, Sandra Dutra, em entrevista para o jornal O TEMPO, classifica o cenário como “dramático”. “Estamos presenciando tudo aquilo que não queríamos que acontecesse, mas chegou. Um leito disponível virou raridade”, resume a gestora, destacando que os casos graves do município precisam ser transferidos para Resende Costa ou São João Del Rei.
Em Tiradentes, a pequena cidade vizinha a SJDR, também vivenciou um salto nos óbitos. Até fevereiro, a cidade teve 03 mortes por Covid-19, mas agora já está de luto por, ao todo, 05 vítimas, segundo a SMS da cidade.
Outro exemplo triste é Prados, onde o número de vítimas chegou a 10 óbitos em março, o que representou um aumento de 50% em relação ao total de fevereiro de 2021.
Em São João del-Rei, cidade que recebe diariamente pessoas dessas cidades, já vivencia um caos em suas casas de saúde. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (30), pela Secretaria Municipal de Saúde, ao todo, são 61 pacientes internados na Santa Casa, na UPA e no Hospital Nossa Senhora das Mercês. Destes, apenas 43 são residentes de São João del-Rei.
Os hospitais de São João del-Rei já estão enfrentando dificuldades para a aquisição de medicamentos usados no chamado "kit intubação". Os remédios são fundamentais no tratamento de pacientes com quadro mais grave da Covid-19.
Por causa dessa situação, o médico clínico Geral, Dr. Marcio Baccarini Viegas, que atua no Hospital N. S. das Mercês, referência no tratamento Covid-19 na região, utilizou as redes sociais na última sexta-feira (27), para alertar a população e os órgãos públicos sobre a possível falta e "disponibilidade de medicamentos necessários para sedação, intubação e manutenção de pacientes em ventilação mecânica". Leia mais aqui!
Com informações do jornal O TEMPO.
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