Cidades de todo o território nacional, tiveram até o início de março para manifestar interesse no Consórcio Conectar (Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras), para a aquisição dos imunizantes contra o coronavírus, encabeçado pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Porém, nem todas as prefeituras aderiram ao consórcio. Na microrregião de São João del-Rei, por exemplo, apenas 12 das 20 cidades estão na lista concluída em 25 de março pela FNP.
No dia 22 de março a FNP realizou Assembleia Geral de instalação do Consórcio, onde os municípios da lista passaram a fazer parte do consórcio formalmente a partir desta data. Para fazer parte do consórcio, as prefeituras deveriam submeter uma Lei Municipal aprovada pela Câmara Municipal, com o Protocolo de Intenção na participação do município na lista. Veja a lista de municípios que enviaram a lei!
Na região, 12 cidades constam na lista de municípios consorciados do FNP, atualizada no último dia 25 de março: Barroso, Coronel Xavier Chaves, Nazareno, Desterro de Entre Rios, Entre Rios de Minas ,Piedade do Rio Grande, Prados, Lagoa Dourada, São João del-Rei, São Tiago, São Vicente de Minas e Ritápolis. Outros dois grandes municípios da região (Lavras e Barbacena), também aderiram ao consórcio.
Já as cidades de Conceição da Barra de Minas, Resende Costa, Santa Cruz de Minas, Dores de Campos, Bom Sucesso, Madre de Deus de Minas, Ibituruna e Tiradentes não constam no consórcio da FNP.
Vale lembrar que todos os municípios poderiam participar do consórcio, independentemente do porte populacional ou região. Algumas cidades, como Santa Cruz de Minas e Tiradentes manifestaram interesse da adesão ao consórcio público (Veja lista de interesse aqui), chegaram a aprovar a lei na Câmara Municipal, mas não encaminharam ao FNP.
O portal Mais Vertentes entrou em contato com representantes de diversas prefeituras que não aderiram ao consórcio, mas não obtivemos êxito. Apenas o prefeito Municipal de Santa Cruz de Minas, que afirmou ter realizado todo o processo exigido pela FNP, mas não apresentou documento comprobatório até o fechamento desta edição.
Saiba mais
Confira aqui os municípios interessados e que enviaram a lei.
O que é o consórcio para compra das vacinas?
A criação do consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19, promovida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), recebeu mais de 1000 manifestações de interesse por parte de prefeitos e prefeitas. O movimento deu prazo até 5 de março para que os municípios façam a adesão e mais 15 dias para aprovação de lei pela Câmara Municipal de cada município - fato esse que em São João del-Rei ocorreu no dia 16 de março.
Como promete funcionar o consórcio?
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) reúne as 412 cidades com mais de 80 mil habitantes, mas qualquer município poderá aderir ao consórcio público para aquisição de vacinas.
O prazo para manifestação de interesse terminou na sexta-feira (5 de março);
Não há nenhum custo ao município para a adesão ao consórcio;
Os custos para a formação legal do consórcio público serão pagos pela FNP;
Os municípios terão 15 dias para aprovar um projeto de lei nas Câmaras municipais que autorizam a adesão ao consórcio público;
Somente após a constituição legal, com a criação de um CNPJ e a escolha de diretoria, o consórcio estaria apto a fazer a compra de vacinas.
A formação do consórcio ocorre em meio ao aumento dos casos de Covid-19 no Brasil. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, divulgou uma carta com sugestões de medidas urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde, entre elas um toque de recolher nacional e fechamento de escolas, bares e praias.
Há respaldo jurídico para a instalação do consórcio?
De acordo com a FNP, a resposta é sim. “Previsto em lei federal desde 2005, o consórcio público é expressão de vontades e interesses coletivos de territórios. Diante da extrema urgência de imunizar a população é necessário fortalecer o Programa Nacional de Imunização (PNI)”, afirma a instituição.
A FNP ainda apontou que o Supremo Tribunal Federal (STF) também considerou essa possibilidade e, no dia 23/02, autorizou a compra e distribuição de vacinas por estados e municípios em caso de descumprimento do PNI. Há também o PL 534/2021, que aguarda sanção presidencial, que se ampara na decisão pelo STF e especifica as hipóteses de aquisição.
Desta forma, o consórcio trata-se da soma de esforços para a execução de políticas públicas comuns, com ganhos extraordinários de escala, efetividade e vantajosidade para o poder público. É uma instituição de personalidade jurídica de direito público, sujeita a todas as exigências de controle e transparência, como deve ser.
Consórcio público recebe R$ 4 milhões para vacina e insumos de saúde
O Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), liderado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), inicia seus trabalhos com o compromisso de doação de R$ 4 milhões da iniciativa privada. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 30, durante a cerimônia virtual de posse da nova diretoria do consórcio. A doação poderá ser destinada à compra de vacina contra a covid-19 e insumos de saúde necessários ao enfrentamento da pandemia.
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