O presidente Jair Bolsonaro (PL) terminará seu mandato em dezembro de 2022 sendo o primeiro chefe do Executivo, desde o Plano Real, a entregar o cargo com o salário mínimo do brasileiro valendo menos do que quando entrou. Bolsonaro será o primeiro presidente, desde 1994, a deixar o salário mínimo valendo menos do que quando entrou.
Nenhum governante neste período, seja no primeiro ou segundo mandato, entregou um salário mínimo que tivesse perdido poder de compra. Pelos cálculos da corretora Tullett Prebon Brasil, divulgada pelo jornal O Globo, a perda será de 1,7%.
Isso, se a inflação não acelerar mais do que o previsto pelo mercado no Boletim Focus, do Banco Central, base das projeções da corretora. As previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas. O piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37, entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.
Uma perda inédita
Dois fatores explicam a perda nunca antes vista, desde a criação do Plano Real. Um deles é o ajuste fiscal, pelo peso do salário mínimo na indexação do Orçamento da União, ou seja, reajustes no piso têm impacto em uma gama de outras despesas, como benefícios sociais e gastos com Previdência. O segundo é a aceleração da inflação.
Há três anos, não há reajuste do piso acima da inflação. O último foi em 2019, quando ainda prevalecia a regra de correção que considerava a inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Com informações: IG Economia
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