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Saúde Hepatite aguda

Tiradentes registra caso suspeito de hepatite infantil aguda

Paciente é uma criança de 2 anos e foi transferida para São Paulo em estado grave para tratamento e monitoramento.

30/05/2022 às 19h33 Atualizada em 30/05/2022 às 20h04
Por: Adriano Vianini
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Cientistas ainda não sabem a origem do aumento de casos de hepatite infantil no mundo. OMS descarta relação entre a doença e as vacinas contra a Covid-19. Getty Images/EyeEm
Cientistas ainda não sabem a origem do aumento de casos de hepatite infantil no mundo. OMS descarta relação entre a doença e as vacinas contra a Covid-19. Getty Images/EyeEm

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou na sexta-feira (27), o primeiro caso em investigação de um tipo de hepatite aguda infantil com causa ainda desconhecida em São João del-Rei.

A criança, de 2 anos e 4 meses, é moradora de Tiradentes e estava internada em São João del-Rei, sendo transferida, durante o final de semana, para São Paulo, em estado grave.

O caso ainda segue em investigação.

Hepatite infantil aguda

No dia 15 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um alerta sobre casos de hepatite aguda grave de origem desconhecida em crianças no Reino Unido.

Desde então, tem havido relatórios adicionais de casos contínuos por conta de notificações em outros países como Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Espanha e Estados Unidos da América.

A hepatite é uma doença inflamatória que acomete o fígado. Existem cinco cepas principais do vírus da hepatite, referidas como tipos A, B, C, D e E. Embora todas causem doenças do fígado, elas diferem de maneiras importantes, incluindo  modos de transmissão, gravidade da doença, distribuição geográfica e prevenção métodos.

Em grande parte dos casos, as hepatites virais são doenças silenciosas que não apresentam sintomas ao longo dos anos. Geralmente, a doença já está em estágio mais avançado quando os sinais aparecem.

Os mais comuns são febre, fraqueza, dor abdominal, enjoo, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.

Monitoramento de casos no Brasil

Já foram identificados mais de 20 casos de hepatite infantil aguda de causa desconhecida no Brasil. Em Minas Gerais, dois casos também foram notificados pelo município de Juiz de Fora e outro por Belo Horizonte. As notificações estão em investigação e acompanhamento. Os principais sintomas relatados foram dor abdominal e vômitos, acompanhados de alterações de enzimas hepáticas.

O Ministério da Saúde já havia divulgado alerta sobre casos que se enquadram como prováveis em pelo menos outros oito estados (Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo).

Ainda em abril, a SES já havia emitido um comunicado com orientações às vigilâncias epidemiológicas das Hepatites Virais dos municípios e regionais do Estado. A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em, ao menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado. Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19.

 

Sintomas e tratamento

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas).

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.

Um detalhamento dos sintomas da doença pode ser encontrado no site da Opas.

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