A Justiça aceitou denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e tornou ré Cláudia Torres, a falsa enfermeira, que aplicou supostas vacinas contra a covid em empresários de Belo Horizonte no início de 2021. Em abril, o MPMG denunciou por estelionato e associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Além da falsa enfermeira, se tornaram réus outras cinco pessoas que teriam participado do esquema. “Citem-se os acusados para, em 10 dias, oferecerem resposta à acusação, por escrito”, informou a decisão assinada pelo juiz Rodrigo Heleno Chaves, do último dia 17 de maio.
Durante as investigações da Polícia Federal, a corporação concluiu que o companheiro dela Ricardo Almeida, o filho Igor Torres e um amigo, que atuou como motorista durante a falsa vacinação, Júnior Guimarães, cometeram os crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O irmão de Cláudia, Vagner Torres, e a filha, Daniele Torres, foram denunciados por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, a falsa enfermeira aplicou um golpe em quem tomou a substância aplicada por ela. Empresários mineiros chegaram a pagar R$600. Na época do esquema, o imunizante ainda engatinhava para chegar em grande escala no Brasil, sendo priorizado para idosos e grupos de risco.
Durante o inquérito, se constatou que as pessoas que contrataram a falsa enfermeira, tomaram soro fisiológico no lugar da vacina. A investigação realizou operações na casa de Cláudia e encontrou frascos com soro no local.
A defesa não se pronunciou sobre a decisão.
Com informações: Itatiaia
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