Na última quarta-feira (1), a Câmara Federal aprovou o texto, de autoria do governo de Jair Bolsonaro (PL), que permite que instituições financeiras possam penhorar imóveis de famílias inadimplentes. Dos 39 deputados federais mineiros, 27 votaram a favor do Projeto de Lei (PL) 4188/2021.
O projeto será analisado pelo Senado Federal e, caso seja aprovado, irá alterar a Lei 8.009, de 1990, que garante que as famílias não percam seu único imóvel por dívidas. “O governo diz que defende a família, mas ataca a família mais pobre”, afirmou o deputado federal Alencar Santana (PT-SP), durante a reunião.
Ainda de acordo com o deputado paulista, “as famílias vão perder a sua casa, se a gente aprovar essa lei. E vão perder para os grandes bancos que não estão preocupados com a vida do povo e que continuam cobrando juros exorbitantes e altíssimos”.
Saiba como votaram os deputados de Minas Gerais:
O dizem os Deputados Federais?
A assessoria do deputado federal Dr. Frederico Escaleira entrou em contato com o Mais Vertentes, na manhã desta quarta-feira (08), afirmando que, sobre esse projeto de lei 4188/2021, "está havendo muita distorção de informações, fazendo com que as pessoas interpretem errado".
A assessoria de Frederico ainda afirmou que "as pessoas que hoje têm dívida com banco estão com medo de perder suas casas, o que não é verdade", e faz algumas pontuaçãoes.
"O projeto diz que um tomador de empréstimo poderá colocar um imóvel que é um bem de família como garantia. Mas ninguém será obrigado a isso. Se uma pessoa decidir colocar um bem de família como garantia, por óbvio, ela terá mais vantagens no empréstimo, mas também um alto risco. E ninguém será obrigado a assumir esse risco; assume se quiser", explicou a assessoria do deputado.
De acordo com a assessoria de Frederico Escaleira, "o projeto oferece opções e uma série de modernizações na legislação que virão para, entre outros benefícios, reduzir os juros. Com juros menores, mais pessoas terão condições de fazer financiamentos e de honrar o seu pagamento".
"A lei não retroage. A pessoa que hoje tem dívidas não corre o risco de perder o bem de família. A regra valerá apenas a partir da data em que a lei entrar em vigor, caso seja aprovada e sancionada, e apenas se a pessoa quiser colocar o bem como garantia", concluiu a explicação da assessoria.
Com informações: Brasil de Fato-MG
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